segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Sobre bikes e parques e sobre Pedra do Baú. Fui sexta-feira à noite para Campos do Jordão a convite de um casal de amigos, a Mari e o Fernando. Nas outras duas ocasiões em que estive na cidade não fiquei tão atento à variedade de opções de turismo ecológico e de práticas esportivas de modalidade outdoor, o que muito me impressionou dessa vez, sendo um destino muito atraente e recomendável para praticantes de ciclismo, corrida, trekking escalada (na região de São Bento do Sapucaí e Pindamonhangaba), e para aqueles que gostam de contemplar mirantes, cachoeiras, picos, etc.

No sábado fomos pedalar no Parque Estadual Campos do Jordão, também conhecido como Horto Florestal, criado em 1941 e, pelo que li, o parque mais antigo do Brasil. Com uma enorme extensão, possui diversas trilhas e equipamentos de lazer para todas as idades. 
Na entrada do Parque/Horto

A Organização Mundial da Saúde - OMS, órgão vinculado à ONU, recomenda como um índice mínimo de áreas verdes públicas urbanas de 12m2 por habitante (o “IAV”), reconhecendo a importância dessas porções territoriais não apenas para a estética de uma cidade ou para serviços ambientais como drenagem de águas de chuva, mas também para o bem-estar humano por meio da prática de exercícios físicos ou simplesmente como espaço para lazer e atividades lúdicas, além de promover uma melhora na qualidade do ar.
Amigos com detalhe do Horto/Parque ao fundo.

Apenas para se ter uma ideia a cidade de São Paulo possui um índice médio de 2,6m2, que chega a ser muito pior em determinadas regiões, que chegam a ter índices quase próximo a zero. A cidade com melhor índice do mundo é Curitiba, com 52m2. Nova Iorque, Madri, Paris possuem, respectivamente, 23,1 m2, 14 m2, e 11.5 m2. A importância do Índice é justamente constituir numa importante “régua” para aferir a qualidade ambiental e da saúde pública de uma dada localidade, além de permitir o controle dos cidadãos para a melhora desse índice localmente: qual o IAV de sua cidade? como melhorá-lo?

Voltando ao pedal... Como estávamos numa turma grande – nove amig@s – alugamos bicicletas para os demais e fizemos uma trilha curta pelo Horto. Além de bonita e agradável em si, foi ótimo ver como até os mais enferrujados (mesmo) no pedal acabaram curtindo pedalar e usufruir do Parque, uma opção que agradou a todos mesmo na cidade “shopinizada” do roteiro de inverno...


No fim da tarde um grupo mais animado resolveu voltar pedalando uns 10km de volta para casa (valeu Fer, Mari e Gustavo), contando com o carro de apoio segurando o transito rsss (Marina, Luisa, Murilo e Ariane):


No domingo acordei cedo e para aproveitar o privilegio de estar numa cidade cheia de coisa bacana pra fazer resolvi pedalar até a Pedra do Baú, o que daria uns 60 km (total de ida + volta). Como o tempo para regresso estava apertado – para não abandonar todo o pessoal da casa... – fui até metade do caminho e voltei. Depois de encarar uns 25km do percurso, contando uns 10km de subida, resolvi abandonar a tentativa e regressar. Trouxe de volta uma enorme curiosidade de numa próxima tentativa curtir a Pedra do Baú (vou ficar devendo para uma próxima a foto da Pedra...).


A Pedra do Baú foi considerada, em 2011, um Monumento Geológico pelo Conselho Estadual de Moumentos Geológicos – CoMGeo-SP, órgão destinado a pensar ações para proteção do patrimônio geológico do Estado – por exemplo para boa gestão, incentivo a visitação, estabelecimento de geoparques, implantação de sinalização e placas indicativas, etc. A Pedra do Baú é acompanhada por outros quatro Monumentos, dentre eles o Varvito em Itu e a Rocha Moutonné em Salto.
Subindo, subindo; visual bonito ao longo da estrada para a Pedra.

Saindo do Horto Florestal e indo até a Pedra do Baú. O pedal é boa parte por asfalto, o que facilita, mas a subida até a Pedra é bem exigente...

Um comentário:

  1. opa.. beleza..

    achei seu blog através do wikiloc..

    pedal para as bandas de São Bento do Sapucaí é certeza de pedalar com lindas paisagens..

    Abraços

    Alex

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